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Álbum da Memória Família Periférica

O projeto Álbum da Memória Familiar Periférica é uma iniciativa de pesquisa e criação coletiva que investiga as lembranças e afetos das famílias moradoras de bairros populares de Parnamirim. Por meio da fotografia e da escuta sensível, o projeto propõe reunir e valorizar registros pessoais que compõem a memória visual da periferia, transformando essas imagens e histórias em um álbum digital de acesso público. Idealizado pelo fotógrafo e pesquisador Everson de Andrade, o projeto convida os moradores do bairro Rosa dos Ventos a revisitar seus acervos familiares e compartilhar suas narrativas, reforçando a fotografia como ferramenta de pertencimento, identidade e preservação cultural.
O projeto consiste no acolhimento das fotografias digitalizadas e enviadas pelos moradores dos bairros e também com atividades online, via Google Meet com especialistas apresentando temas sobre fotografia e memória.

O desenvolvimento do projeto acontecerá em formato colaborativo e educativo, com a realização de palestras online e gratuitas voltadas aos participantes. Esses encontros terão como eixo central o tema Fotografia & Memória, promovendo reflexões sobre as relações entre imagem, identidade e território. Entre os convidados estão a artista e pesquisadora Elisa Elise, o fotógrafo e editor Pablo Pinheiro e a equipe da Dialógica Acessibilidade, que ministrará uma atividade sobre formas de traduzir verbalmente as imagens, ampliando a compreensão sensível e inclusiva da fotografia. Ao longo das etapas, os participantes serão incentivados a compartilhar fotografias de seus acervos pessoais, acompanhadas das histórias e lembranças que elas evocam. Todo esse material resultará na criação de um álbum digital coletivo, reunindo os registros e narrativas afetivas das famílias envolvidas. A publicação será disponibilizada gratuitamente na internet, fortalecendo o acesso público à memória visual das periferias e celebrando a potência das histórias cotidianas que moldam a identidade cultural do território.

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O desenvolvimento do projeto acontecerá de forma colaborativa e educativa, com a realização de palestras online e gratuitas voltadas aos participantes. Esses encontros terão como eixo central o tema Fotografia & Memória, promovendo reflexões sobre as relações entre imagem, identidade e território. Entre os convidados estão a artista e pesquisadora Elisa Elise, o fotógrafo e editor Pablo Pinheiro e a equipe da Dialógica Acessibilidade, que conduzirá uma atividade sobre formas de traduzir verbalmente as imagens, ampliando a compreensão sensível e inclusiva da fotografia. O projeto tem como propósito construir a história dos bairros periféricos de Parnamirim por meio das fotografias familiares guardadas nas casas das pessoas, reconhecendo nesses registros a força da memória coletiva e do pertencimento. Ao longo das etapas, os participantes serão incentivados a compartilhar suas imagens e as narrativas afetivas associadas a elas. Todo esse material resultará na criação de um álbum digital coletivo, reunindo histórias e retratos que fortalecem a identidade cultural das periferias e valorizam a memória visual do território.

A fotografia ocupa um papel essencial na construção e preservação da memória, funcionando como um elo entre o vivido e o lembrado. Quando pensamos na fotografia dentro dos contextos periféricos, ela ultrapassa o registro individual para se tornar também uma forma de resistência simbólica — uma maneira de afirmar existências, histórias e afetos que muitas vezes não encontram espaço nos arquivos oficiais. A imagem fotográfica, nesse sentido, é um documento vivo: guarda rastros de tempos, de vínculos e de identidades que se constroem coletivamente.

A memória, assim como a fotografia, não é estática. Ela se transforma a cada reencontro com o passado, revelando que lembrar é também reinterpretar. O conceito de memória coletiva, formulado por pensadores como Maurice Halbwachs, nos ajuda a compreender que nossas lembranças não são apenas pessoais, mas formadas no interior de grupos, famílias e comunidades. São as relações sociais que moldam o que escolhemos lembrar e o que esquecemos, e é nesse processo que a fotografia atua como mediadora entre o indivíduo e o coletivo.

No contexto das periferias, as imagens familiares representam muito mais do que retratos: elas são fragmentos de uma história comum, muitas vezes invisibilizada. Ao reunir e compartilhar essas fotografias, o projeto Álbum da Memória Familiar Periférica propõe um gesto de reconstrução simbólica, em que o olhar sobre o passado se torna um ato de reconhecimento e valorização do presente. Trata-se de transformar lembranças pessoais em patrimônio cultural, reforçando a importância de que cada imagem, cada rosto e cada cenário registrado possam compor uma narrativa plural sobre a vida e a identidade nas bordas da cidade.

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